Queremos atuar com vários estratos da população, diz CEO da MRV

  • 19/08
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  • Assessoria de imprensa

A elevação da taxa básica de juros, a Selic, não será suficiente para afetar o custo competitivo do crédito. É o que afirma Eduardo Fischer, CEO da MRV (MRVE3), a maior incorporadora do país, com foco no segmento econômico. Nesse cenário, a MRV está colocando o pé no acelerador, nas palavras do próprio executivo. E vem colhendo resultados. A empresa anunciou que o lucro do segundo trimestre do ano somou 203 milhões de reais, com crescimento de 86% em relação ao mesmo período de 2020 e de 48,5% na comparação com os três primeiros meses deste ano. Mas há outro fator que também preocupa: o aumento intenso dos custos da construção, que chegou a 17,35% nos 12 meses até julho, na medição do INCC (Índice Nacional de Custos da Construção), da FGV. "É algo que ao longo dos meus 28 anos de carreira eu nunca tinha visto. A consequência é que o imóvel vai ficar mais caro. Já está", disse Fisher em entrevista à EXAME Invest. Para não ficar refém da disparada dos custos dos insumos, que pressiona as margens da operação, a MRV tem diversificado suas receitas para além da venda de imóveis no segmento econômico. Como aproveitar a retomada para ganhar com imóveis? Torne-se um especialista no setor A incorporadora lançou no começo do ano a Sensia, voltada para consumidores com renda familiar entre R$ 7.000 e R$ 11.000. "Esse público está mantendo o mercado aquecido, pois tem mais conhecimento, renda formal mais forte e faz contas. Ele verifica que o financiamento ainda está barato, que o preço do imóvel vai subir e compra agora." O executivo comentou ainda os resultados e as perspectivas para outras empresas do grupo, como a startup Luggo, que atua no segmento de locação em um modelo verticalizado; e a Urba, de loteamentos residenciais. Veja abaixo a entrevista completa concedida por Eduardo Fischer à EXAME Invest: Nos últimos 12 meses, os imóveis no Brasil ficaram em média 5% mais caros, e uma das razões é a inflação dos custos da construção. Como a MRV está repassando a alta dos insumos aos clientes? O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) subiu 17,35% nos últimos 12 meses, algo que ao longo dos meus 28 anos de carreira eu nunca tinha visto. A consequência é que o imóvel vai ficar mais caro. Já está. Para incorporadoras que atuam na alta renda há uma maior facilidade para repassar preços porque o cliente tem elasticidade de renda, mas, na baixa renda, em que atuamos, isso é um desafio. E nós vendemos primeiro para depois construir. Na hora em que o custo aparece, a venda já foi feita. As margens do negócio começam a ser pressionadas. Não tem escapatória: a matriz de custo mudou. Nos últimos dois meses, repassamos, em média, 6% de aumento. Na Sensia consigo subir mais o preço. Como a MRV avalia a alta da Selic e seu efeito no crédito imobiliário? Nós temos um problema de crédito para resolver. A maioria das pessoas não compra imóvel sem crédito, independentemente da renda. Mesmo o público de média e alta renda utiliza o financiamento. O setor poderia estar mais aquecido se o crédito fosse mais barato. Se o país tiver competência, podemos cobrar na modalidade juros de 6% a 7% ao ano. No Brasil, o crédito sobre o PIB atinge 8%. Nos Estados Unidos, são 80%. Tem muito espaço para crescer. Entendo que o banco precisa olhar para o risco do crédito no país em 30 anos, o que é difícil de prever. Mas sabemos que o cliente imobiliário é muito importante para o banco, pois gera o dobro de produtos em média em comparação aos que não têm financiamento na instituição financeira. A inflação, agora, é preocupante. Estamos vivendo um momento tumultuado e a eleição no ano que vem tem tudo para ser tumultuada também. A reforma Trabalhista e da Previdência não saíram como deveria, mas passos foram dados, especialmente em relação ao teto de gastos. Esse cenário traz mais equilíbrio e deixa a Selic mais comportada. Acredito que a alta da taxa básica de juros não é suficiente para afetar o ano e o custo competitivo do crédito. Estamos em um bom caminho para manter o crédito mais barato. Mas a taxa de juros mais baixa não resolve plenamente o problema. O mutuário tem de ter capacidade de pagamento. Qual a perspectiva para a MRV neste ano? O setor projeta 30% de crescimento.

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